“A poesia é perigosa” — Assim, triunfantemente, começa esse elegante relicário de frases que Severo Garcia construiu como um fino escultor. Ora, perigoso é Severo Garcia, ele próprio um relicário do mundo. Ele próprio elegante. Ele-poesia. Severo Garcia se funde à própria escrita. Relicário, por definição, é um objeto para guardar relíquias de um santo. Mas Severo Garcia também não é santo. Pelo contrário, é um escritor maldito. E um maldito também guarda suas relíquias, seus cacarecos. Guarda palavras para amaldiçoar de literatura esse mundo árido de imaginação. Relicário, esse livreto magnífico, é um deleite, e as frases que o compõe ajudam a pisar no amanhã. Relicário é um grito.
— Roger Ceccon
“Poetry is dangerous” — Thus, triumphantly, begins this elegant reliquary of phrases that Severo Garcia constructed like a fine sculptor. Well, dangerous is Severo Garcia, himself a reliquary of the world. Elegant himself. He-poetry. Severo Garcia merges with writing itself. Reliquary, by definition, is an object to keep relics of a saint. But Severo Garcia is not a saint either. On the contrary, he is a damned writer. And a cursed one also guards his relics, his trinkets. Keep words to curse this arid world of imagination with literature. Relicário, this magnificent booklet, is a delight, and the sentences that compose it help to step into tomorrow. Reliquary is a scream. — Roger Ceccon